quarta-feira, 30 de junho de 2010

Provas Decisivas

Clamas contra o infortúnio que te visita e desespera-te, sem reação construtiva, ante as horas de luta.
Falaram-te do Senhor e dos aprendizes abnegados que o seguiram, nas horas primeiras, na senda marginada de prantos e sacrifícios... Queres, porém, comungar-lhe a paz e viver em menor esforço...
Todavia, quase todos os grandes vultos da humanidade, em todas as épocas e em todos os povos, passaram pelo tempo das provas decisivas.
Senão observemos:
Cervantes ficou paralítico da mão esquerda e esteve preso sob a acusação de insolvente, mas sobrepairou acima da injúria e legou um tesouro à literatura da Terra...
Shakespeare sentiu-se em tão grande penúria, que se achou, um dia, a incendiar um teatro, tomado de desespero; entretanto, superou a crise e deixou no mundo obras-primas inesquecíveis.
Victor Hugo esteve exilado durante dezoito anos; todavia, nunca abandonou o trabalho e depôs o corpo físico, no solo de sua pátria, sob a admiração do mundo inteiro...
Hertz enfrentou imensa falta de recursos e foi vendedor de revistas para sustentar-se; entretanto, venceu as dificuldades e tornou-se um dos maiores cientistas mundiais.
De igual modo, entre os espíritas as condições de existência terrestre não têm sido outras.
Na França, Allan Kardec sofreu, por mais de uma década, insultuoso sarcasmo da maioria dos contemporâneos; contudo, jamais desanimou, entregando à posteridade o luminoso patrimônio da Codificação.
Na Espanha, Amália Domingo Sóler, ainda em plenitude das forças físicas, tolerou o suplício da fome, na flagelação da cegueira; todavia, nunca duvidou da providência divina, consagrando ao pensamento espírita a riqueza de suas páginas imortais.
No Brasil, Bezerra de Menezes, abdicando das fulgurações da política humana e, não obstante a posição de médico ilustre, partiu da Terra, em extrema necessidade material, o que não impediu a sua elevação ao título de Apóstolo.
Em razão disso, não te deixes vencer pelos obstáculos.
A resignação humilde, a misturar lágrimas e sorrisos, anseios e ideais, consolações e esperanças, constrói sobre a criatura invisível auréola de glória que se exterioriza em ondas de simpatia e felicidade.
Quando o carro de tua vida estiver transitando pelo vale da aflição, recorda a paciência e continua trabalhando, confiando e servindo com Jesus.

Lameira de Andrade

Do livro: O Espírito da Verdade
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 30/06/2010)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Espelho Mental

Os espíritos foram claros ao dizer que o espírito do médium é o intérprete de seus pensamentos.
Sendo intérprete dos pensamentos dos espíritos comunicantes, é natural que a mensagem transmitida contenha algo do médium, assim como o espelho que reflete uma imagem, o faça de acordo com as suas possibilidades.
Um espelho embaçado ou partido evidentemente refletirá imagem com tais distorções, embora o objeto refletido se mantenha íntegro.
O espelho mental do médium, portanto, é de fundamental importância no processo das comunicações intelectuais.
Semelhante às águas de um lago, o médium necessita zelar pela sua serenidade mental, para que a mensagem dos espíritos se reflita com a fidelidade possível...
É lógico que a preparação maior do médium deve acontecer no dia a dia; mas, como sobre a Terra ninguém consegue fugir às lutas, poucas horas em que ele consiga se isolar dos problemas serão de grande valia para que os espíritos não encontrem tantos obstáculos mentais...
A frequência mental em que o médium procura manter-se em sintonia, estável em suas emoções, tem significado fundamental na mediunidade.
Como percebemos, o assunto é complexo, mas não devemos nos entregar ao desalento.
A mente vige na base de tudo, e, se queremos êxito em nossos empreendimentos, busquemos o equilíbrio.
Só de os médiuns tomarem consciência do que expomos será de grande proveito, porque, assim, poderão manter-se mais vigilantes e aprender a “selecionar” as ideias que captam, feito o garimpeiro que, na bateia, separa o diamante do cascalho.
Creiam que nós, espíritos comunicantes, também estamos sujeitos a essas oscilações mentais e não é igualmente sem grande esforço que conseguimos sustentar a sintonia na transmissão que desejamos.

Odilon Fernandes

Do livro: Somos Todos Médiuns
Psicografia: Carlos A. Baccelli
Editora: Didier

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 28/06/2010)

sábado, 26 de junho de 2010

Museu de Cera

Muito embora a exaltação dos mortos seja comumente falaciosa homenagem aos vivos, os filhos de Deus integram, em toda parte, uma só família.
O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
Nos piores corpos habitam, por vezes, as melhores almas.
O mesmo perfume é suscetível de ser transportado, tanto no vaso de latão quanto na ânfora de cristal.
Cada túmulo representa um destino, um caminho ou um exemplo que passaram. A sepultura para muitas almas é estranho repouso, leito hospitalar ou enxerga carcerária.
O cemitério pode ser comparado a museu de cera onde se expõem e se desmancham as formas das criaturas, e não a essência de que se constituem na eternidade. Os corpos que aí se desfazem assinalam simplesmente estágios e tarefas do espírito.
São as estátuas manchadas daqueles que passaram pela carne e nada fizeram.
Bonecas adornadas e mudas recordando mulheres que viveram exclusivamente para cuidar de si mesmas.
Mantos venerandos de mães que transformaram lágrimas em sementes de luz...
Hábitos missionários largados pelos que, um dia, se consagraram às lides religiosas.
Farrapos de mendigos em que discípulos da virtude ensaiaram paciência e humildade...
Fantasias dos turistas da vida e da morte que se enganaram com a função do dinheiro, envenenando, não raro, a existência e perdendo o tempo...
Pensa nos que ontem estavam na Terra renteando-te os passos e hoje se encontram em paragens diferentes, na certeza de que te encontras na carne para execução de serviço determinado.
Não te ensoberbeças pelo que tens, nem te desesperes acreditando que algo te falte.
Trabalha, fazendo o bem.
Cada homem e cada mulher receberam da vida os instrumentos de amor e de dor para atenderem à missão que lhes cabe na arena do mundo.
O berço é o ninho de entrada.
O sepulcro é o museu da saída.

Eurípedes Barsanulfo

Do livro: Seareiros de Volta
Psicografia: Waldo Vieira
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 26/06/2010)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os Espíritos Inferiores

Digna, também, de piedade é a situação dos poderosos orgulhosos, daqueles que abusaram de sua fortuna e de seus títulos, pensando apenas na glória e no bem-estar, desprezando os pequenos, oprimindo os fracos. Para eles, não há mais aduladores servis, servidores diligentes, nem moradas, nem roupas suntuosas. Despojados de tudo o que fazia sua grandeza terrestre, a solidão e a nudez os aguardam no Espaço.
Mais assustadora ainda é a condição dos espíritos cruéis e rapaces, criminosos de toda espécie, daqueles que fizeram correr o sangue, ou esmagaram sob os pés, a justiça. As lamentações, as maldições de suas vítimas ressoam aos seus ouvidos durante um tempo que lhes parece a eternidade. Sombras irônicas e ameaçadoras os envolvem, os perseguem sem descanso. Não há para eles refúgio profundo demais, escondido demais, e é em vão que procuram o repouso e o esquecimento. A entrada num caminho escuro, a miséria, o rebaixamento, a escravidão podem somente atenuar seus males.
Nada se iguala à vergonha, ao terror da alma que vê erguer-se diante de si, incessantemente, existências culposas, cenas de assassínios e de espoliação; sente-se desnudada, desvendada pela luz que faz reviver seus atos mais secretos. A recordação, esse ardente aguilhão, queima-a e rasga-a. Quando se conhece esse sofrimento, compreende-se e abençoa-se a providência divina, que nos poupa durante a vida terrestre e nos dá assim, com a calma do espírito,uma maior liberdade de ação para trabalhar pelo nosso aperfeiçoamento.

Léon Denis

Do livro: Depois da Morte
Léon Denis – Gráfica e Editora

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 24/06/2010)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fazendo Sol

Amanheceste chorando pelos que te não compreendem.
Amigos diletos rixaram contigo.
Nos mais amados, viste o retrato da ingratidão.
Aspiravas a desentranhar o carinho nos corações queridos, com a pureza e a simplicidade da abelha que extrai o néctar das flores sem alterá-las, e, porque não conseguiste, queres morrer...
Não te encarceres, porém, nos laços do desespero.
Afirmas-te à procura do amor, mas não te recordas daqueles para quem o teu simples olhar seria assim como o sorriso da estrela, descerrado nas trevas.
Mostram a cabeça encanecida, à feição de nossos pais, são irmãos semelhantes a nós ou são jovens e crianças que poderiam ser nossos filhos... Contudo, estiram-se em leitos de pedra ou refugiam-se em antros, fincados no solo quais se fossem proscritos atormentados.
Não te pedem mais que um pão, a fim de que se lhes restaurem as energias do corpo enfermo, ou uma palavra de esperança que lhes console a alma dorida.
Não percas o tesouro das horas, na aflição sem proveito.
Podes ser, ainda hoje, o apoio dos que esmorecem, desalentados, ou a luz dos que jazem nas sombras; podes estender o cobertor agasalhante sobre aqueles a quem a noite pede perdão por ser longa e fria, aliviar o suplício dos companheiros que a moléstia carcome ou dizer a frase calmante para os que enlouqueceram de sofrimento...
Sai, pois, de ti mesmo para conhecer a glória de amar!...
Perceberás, então, que a existência na Terra é apenas um dia na eternidade, aprendendo a iluminá-la de amor, como quem anda fazendo sol, nos caminhos da vida, e encontrarás, mais tarde, em cânticos de alegria, todos aqueles que te não amam agora, amando-te muito mais, por te buscarem a luz no instante do entardecer.

Meimei

Do livro: O Espírito da Verdade
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 23/06/2010)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mediunidade e Loucura

A mediunidade, bem conduzida, é fator de equilíbrio, e não de loucura.
Até hoje, os detratores da Doutrina insistem na tese de que o contato com os espíritos é causa de desequilíbrio. Esta “lenda” nasceu, porque os médiuns, considerados então loucos, foram para os centros espíritas, e combatendo a causa de sua suposta loucura, se curaram... Quase todos os medianeiros a serviço no Espiritismo encontraram nele o seu ponto de equilíbrio espiritual.
Se se fosse realizar uma estatística honesta nos hospitais psiquiátricos, verificar-se-ia, sem maiores entraves, que os chamados perturbados mentais são originários de outras crenças religiosas, e não das fileiras espíritas.
A Doutrina Espírita já foi acusada de induzir os seus adeptos ao suicídio, de incentivar o fanatismo, de provocar a alienação de seus profitentes... No entanto, apesar de todas as injustiças que padece, ela prossegue espalhando inúmeros benefícios, indiferente às acusações que, por preconceito, lhe são desferidas.
Foi o Espiritismo que diagnosticou e apontou o tratamento para a obsessão.
Como esclarece Kardec, se algum companheiro se perturba no exercício da mediunidade ou comete algum desatino na condição de espírita, é porque o seu carma falou mais alto...
A mediunidade, em si, não é, portanto, um estado de morbidez mental; se o é, semelhante loucura vem se alastrando de forma espantosa sobre o mundo todo... Sim, porque não apenas os espíritas são médiuns... Em todos os países, em muitos dos quais a Doutrina Espírita sequer ainda é conhecida, surgem sensitivos no intercâmbio com o mundo espiritual. A própria Igreja, antes tão conservadora e preconceituosa, ultimamente vem admitindo o que denomina “dom carismático” entre os seus seguidores, numa tentativa, quem sabe, de reconquistar os adeptos que perdem para outras religiões...
Iluminada pelo Evangelho, a Doutrina Espírita, em retomando o movimento cristão dos três primeiros séculos, segue os preceitos do Cristo que recomendou aos apóstolos: “Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente.”

Odilon Fernandes

Do livro: Mediunidade e Evangelho
Psicografia: Carlos A. Baccelli
Editora: IDE

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 21/06/2010)

sábado, 19 de junho de 2010

Memórias

“Deve ser horrível – diz você – o escândalo em torno de nossa memória. O homem arrastado ao pelourinho do escárnio público e ao pasto da maledicência, deve ser uma fogueira de angústia para o coração acordado, além da morte”.
Você tem razão.
A ave, em pleno céu, que se visse constrangida a voltar à casca do ovo, ou a árvore luxuriante que fosse obrigada a retornar para a cova de lodo, sofreriam menos que a alma desencarnada, sob a intimação de regresso às perigosas infantilidades da experiência humana.
Em tais circunstâncias, laços mais pesados nos religam o espírito, com mais intensidade, à gleba da carne, e a voz dos nossos julgadores, não raro, nos converte os ouvidos em receptores gigantescos para os quais convergem todos os apontamentos justos ou injustos de quantos nos apreciam a conduta e as decisões.
Você já pensou num homem, cujo corpo seja uma chaga viva, tangido violentamente por milhares de mãos descaridosas e rudes?
Esse é o símbolo pálido com que ousamos qualificar o suplício do infortunado que lega aos contemporâneos as recordações da própria viagem pela Terra, quando essas memórias se referem às situações que fazem o inferno dos seus semelhantes...
Creia você que, em verdade, tudo isso é terrível e doloroso, de vez que o arrependimento irremediável nos transforma em duendes infortunados, em aflitiva peregrinação.
Não admita, porém, que isso seja apenas lamentável privilégio de alguns.
Não é necessário fixarmos reminiscências da Terra, em bronze ou papel, para que a vida nos revele aos outros tais quais somos.
Trazemos conosco o arquivo que nos é próprio.
Sentimentos e ideais, palavras e ações são marcas em nossa alma.
Todos alcançaremos o plano em que nosso espírito é um livro aberto.
Intenções ocultas, interferências nos destinos alheios, assaltos disfarçados à felicidade do próximo, crimes consagrados pela admiração do mundo, misérias íntimas e desequilíbrios morais aparecem claramente, espantando a nós mesmos, que não suspeitávamos, de leve, da nossa própria degradação.
Você que conhece tão bem o assunto, cuide dos seus passos e vele pelo futuro de sua alma eterna, porque a existência, meu caro, seja onde for, é sempre um livro que o nosso coração anda escrevendo.

Irmão X

Do livro: Sentinelas da Luz
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: CEU

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 16/06/2010)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Serão Consolados

Nem todos aflitos, porém...
Muitos que sofrem engendraram as aflições de que se tornaram vítimas inermes. Carregam o sofrimento aspirando e exalando o gás da ira mal dissimulada com que mais se intoxicam e mais envenenam em derredor.
Pessoas aflitas esmagam-se nas paredes estreitas da usura, de que se não libertam; estertoram nas garras do ciúme que as enceguecem; desagregam-se sob os camartelos da insatisfação face aos prazeres dissolventes; transitam em sofreguidão contínua ao estridor da revolta que as agoniam; turbam-se nas densas nuvens da desesperança; tombam, desfalecidas, nas urdiduras do desânimo.
Toda aflição se fixa em raízes que devem ser extirpadas...
Aflições de vários portes conduzem ao crime de muitas denominações.
Somente a aflição resignada e confiante, de pronto receberá consolo.
A chuva que reverdece a terra crestada, em tempestade, aniquila colheitas, despedaça jardins, carcome o solo...
O repouso sensato refaz as forças; prolongado, anestesia os estímulos, entorpecendo a vontade e a ação.
Aflitos que, não obstante, em lágrimas, atendem alheio pranto; apesar de perseguidos, não se fazem perseguidores; embora sob injustiça, confiam na probidade; sem embargo, enfermos, estimam a saúde do próximo; todavia, incompreendidos, desculpam e sustentam a coragem do bem; no entanto, esfaimados, alevantam o ânimo onde se encontram; mesmo em quase alucinação, tal a monta de problemas e dificuldades, recorrem à oração refazente e à meditação renovadora – serão consolados!
Nem todos os aflitos, porém, lograrão consolação.
Há os que impõem tais ou quais medidas a fim de saciar-se; que esperam este ou aquele resultado com que pensam comprazer-se; que situam esse ou outro fator como o único pelo qual se apaziguariam; uma ou duas únicas opções para fruírem felicidade, e, entretanto, são recursos da ilicitude, quando não dos caprichos que estão sendo disciplinados pela própria aflição...
Trasladarão oportunidades, adiarão benesses, sofrerão...
Indispensável valorizar a aflição, sopesando-a com discernimento, de modo a conduzí-la às fontes inexauríveis do Evangelho em clima de serenidade, respeito e amor. Ali, todas as dores se acalmam, todas as lágrimas se enxugam, todos os aflitos são consolados.

Joanna de Ângelis

Do livro: Celeiro de Bênçãos
Psicografia: Divaldo P. Franco
Editora: LEAL

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 17/06/2010)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aceita a Vida

Atitude reprochável negar-se o homem a lutar pelo seu progresso espiritual, seja qual for a justificativa em que se busque apoiar.
O solo mais árido, convenientemente corrigido, torna-se abençoado jardim e pomar.
A água contaminada, experimentando tratamento conveniente, faz-se potável e útil.
A pedra bruta, sob rigoroso cuidado, submete-se ao escultor e revela formas primorosas.
Os metais rijos, necessariamente aquecidos, amoldam-se a formas e situações diversas.
O homem, desejando educar-se e instruir-se, supera quaisquer impedimentos. ...
Toda conquista se incorpora ao patrimônio do espírito, que pode, temporariamente, não a utilizar, porém, que jamais se perde.
Aceitar a ignorância e submeter-se-lhe é forma de preguiça e desinteresse pela vida.
Contentar-se na inferioridade é manifestar lamentável estado de morbidez.
Todo anseio deve ser dirigido para a conquista, a perfeição.
Renasceste para alcançar os objetivos elevados.
Reúnes experiências, que somam lições a se transformarem em aprendizagem libertadora.
O que te parece de difícil logro, constitui desafio e não impedimento.
Fracasso é somente uma tentativa que não deu certo.
Desequilíbrio é resultado de erro do próprio comportamento.
Toda sombra tem como gênese a luz ausente.
Enriquece-te de amor e inicia a sua vivência, aprimorando-te...
Tudo depende do que se deseja, para que se quer e como se pretende conseguir.
Concede-te a bênção da luta edificante, sem muletas desculpistas.
Os que atingem quaisquer alturas passaram pelos trâmites difíceis e venceram as baixadas.
Disse Jesus: “Tudo é possível àquele que crê”, afirmando que acreditar é forma de motivar-se à ação que propicia os resultados compatíveis com os objetivos de que se reveste.
Jamais te negues o recomeço, a outra oportunidade, o esforço pessoal.
A chegada em triunfo é o somatório dos passos que venceram a distância.
Aceita a vida e ganha-a com alegria para o teu próprio bem.

Joanna de Ângelis

Do livro: Roteiro de Libertação
Psicografia: Divaldo P. Franco
Editora: Capemi

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 16/06/2010)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Desertores

Médiuns desertores não são apenas aqueles que deixam de transmitir com fidelidade sinais e palavras, avisos e observações da esfera espiritual para a esfera física.
De criatura a criatura flui a corrente da vida e todos nós, encarnados e desencarnados de qualquer condição, estamos conclamados a lutar pela vitória do bem eterno.
Desertores são igualmente:
os que armazenam o pão, sem proveito justo, convertendo cereais em cifrões vazios;
os que pregam virtudes religiosas e sociais, acolhendo-se em trincheiras de usura;
os que fecham escolas, escancarando prisões;
os que transformam as chaves da Ciência em gazuas douradas;
os que levantam casas de socorro, desviando recursos que deveriam ser aplicados para sanar as dores do próximo;
os que exterminam crianças em formação, garantindo a impunidade, no silêncio das próprias vítimas;
as mães que, sem motivo, emudecem as trompas da vida no santuário do próprio corpo, embriagando-se de prazeres que vão estuar na loucura;
os que aviltam a inteligência, vendendo emoções na feira do vício;
os que se afogam lentamente no álcool;
os que matam o tempo para que o tempo não lhes dê responsabilidade;
os que passam as horas censurando atitudes de outrem, olvidando os deveres que lhes competem;
os que andam no mundo com todos os desejos satisfeitos;
os que não sentem necessidade de trabalhar;
os que clamam contra a ingratidão sem examinar os problemas dos supostos ingratos;
os que julgam comprar o céu, entregando um vintém ao serviço da caridade e reservando milhões para enlouquecer os próprios descendentes, nos inventários de sangue e ódio;
os que condenam e amaldiçoam, ao invés de compreender e abençoar;
os que perderam a simplicidade e precisam de uma torre de marfim para viver;
os que se fazem peso morto, dificultando o curso das boas obras...
Deserção! Deserção! Se trazemos semelhante chaga, corrigenda para nós!...
E se a vemos nos outros, compaixão para eles!...

Emmanuel

Do livro: Seara dos Médiuns
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 14/06/2010)

sábado, 12 de junho de 2010

Seres Amados

“Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço.” (I João, 2:10)

Os seres que amamos!... Com que enternecimento desejaríamos situá-los nos mais elevados planos do mundo!... Se possível, obteríamos para cada um deles um nicho de santidade ou um título de herói!...
Entretanto, qual ocorre a nós mesmos, são eles seres humanos, matriculados no educandário da vida. E, nos círculos das experiências em que se debatem, como nos acontece, erram e acertam, avançam na estrada ou se interrompem para pensar, solicitando-nos apoio e compreensão.
Assim como estamos em luta a fim de sermos, um dia, o que devemos ser, aprendamos a amá-los como são, na certeza de que precisam, tanto quanto nós, de auxílio e encorajamento para a necessária ascensão espiritual.
Nunca exigir-lhes o impossível, nem frustrar-lhes a esperança.
Doemos a cada um a bênção da estima sem requisições descabidas, acatando as experiências para as quais se inclinem e respeitando os tipos de felicidade que elejam para si próprios.
Todos somos viajores do Universo com encontro marcado numa só estação de destino – a perfeição na imortalidade. À face disso, e levando em consideração que nos achamos individualmente em marcos diferentes da estrada, se queremos auxiliar aqueles a quem amamos, e abençoá-los com o nosso afeto, cultivemos, à frente deles, a coragem de compreender e a paciência de esperar.

Emmanuel

Do livro: Ceifa de Luz
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 12/06/2010)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Vida Superior

... A alma desembaraçada da matéria percebe pouco a pouco as vibrações melodiosas do éter, as delicadas harmonias descidas das colônias celestes; ouve o ritmo imponente das esferas. Esse canto dos mundos, essas vozes do infinito, que ecoam no silêncio, saboreia-as e deixa-se invadir até o arrebatamento. Recolhida, embriagada, cheia de um sentimento grave e religioso, de uma admiração que não pode se cansar, banha-se nas ondas do éter, contempla as profundezas siderais, as legiões de espíritos, sombras flexíveis, ligeiras, que aí flutuam e se agitam em véus de luz. Assiste à gênese dos mundos; vê a vida despertar, crescer na sua superfície; segue o desenvolvimento das humanidades que os povoam e, nesse espetáculo, constata que em todos os lugares a atividade, o movimento, a vida unem-se à ordem no Universo.
Qualquer que seja seu estado de adiantamento, o espírito que acaba de deixar a Terra não poderia aspirar a viver, indefinidamente, dessa vida superior. Sujeito à reencarnação, essa vida é para ele apenas um tempo de repouso, uma compensação devida aos males suportados, uma recompensa oferecida aos seus méritos. Aí se retempera e se fortifica para as lutas futuras. Mas, no futuro que o aguarda, não encontrará mais as angústias e os cuidados da vida terrestre. O espírito elevado é chamado a renascer em mundos melhor dotados que o nosso. A escala grandiosa dos mundos comporta inumeráveis graus, dispostos para a ascensão das almas; cada uma delas escala-os por sua vez.
Nas esferas superiores à Terra, a matéria tem menos império. Os males que engendra atenuam-se à medida que o ser progride, e terminam por desaparecer. Aí, o homem não se arrasta penosamente sobre o solo, acabrunhado sob a atmosfera pesada; desloca-se com facilidade. As necessidades corporais aí são quase nulas, e os rudes trabalhos, desconhecidos. A existência, mais longa que a nossa, desenrola-se no estudo, na participação nas obras de uma civilização aperfeiçoada, que tem por base a moral mais pura, o respeito aos direitos de todos, a amizade e a fraternidade. Os horrores da guerra, as epidemias, os flagelos não acontecem mais, e os interesses grosseiros, causa de cobiças nesse mundo, não dividem mais os espíritos.

Léon Denis

Do livro: Depois da Morte
Léon Denis – Gráfica e Editora


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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 10/06/2010)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Remédio Justo

Perguntas, muitas vezes, pela presença dos espíritos guardiães, quando tudo indica que forças contrárias às tuas noções de segurança e conforto, comparecem, terríveis, nos caminhos terrestres.
Desastres, provações, enfermidades e flagelos inesperados arrancam-te indagações aflitivas.
Onde os amigos desencarnados que protegem as criaturas?
Como não puderam prevenir certos transes que te parecem desoladoras calamidades?
Se aspiras, no entanto, a conhecer a atitude moral dos espíritos benfeitores, diante dos padecimentos desse matiz, consulta os corações que amam verdadeiramente na Terra.
Ausculta o sentimento das mães devotadas que bendizem com lágrimas as grades do manicômio para os filhos que se desvairaram no vício, de modo a que não se transfiram da loucura à criminalidade confessa.
Ouve os gemidos de amargura suprema dos pais amorosos que entregam os rebentos do próprio sangue no hospital, para que lhes seja amputado esse ou aquele membro do corpo, a fim de que a moléstia corrutora, a que fizeram jus pelos erros do passado, não lhes abrevie a existência...
Perquire o pensamento dos filhos afetuosos, ao carregarem, esmagados de dor, os pais endividados em doenças infecto-contagiosas, na direção das casas de isolamento, a fim de que não se convertam em perigo para a comunidade.
Todos eles trocam as frases de carinho e os dedos veludosos pelas palavras e pelas mãos de guardas e enfermeiros, algumas vezes desapiedados e frios, embora continuem mentalmente jungidos aos seres que mais amam, orando e trabalhando para que lhes retornem ao seio.
Quando vejas alguém submetido aos mais duros entraves, não suponhas que esse alguém permaneça no olvido, por parte dos benfeitores espirituais que lhe seguem a marcha.
O amor brilha e paira sobre todas as dificuldades, à maneira do Sol que paira e brilha sobre todas as nuvens.
Ao invés de revolta e desalento, oferece paz e esperança ao companheiro que chora, para que, à frente de todo mal, todo o bem prevaleça.
Isso porque onde existem almas sinceras, à procura do bem, o sofrimento é sempre o remédio justo da vida para que, junto delas, não suceda o pior.

Emmanuel

Do livro: Livro da Esperança
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: CEC

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 09/06/2010)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Formação Mediúnica

Anotando a formação mediúnica, comparemo-la aos serviços do solo.
A terra desdobra recursos para sustentação do corpo.
A mediunidade cria valores para alimento do espírito.
A terra, mesmo quando possuída pela floresta brava, produz, de maneira mecânica, se lhe atiramos algumas sementes; contudo, a lavoura, nesse regime, surgirá em condições anômalas.
A mata dominante abafará, decerto, as plantas nascituras.
Animais comparecem na posição de primitivos donos da gleba, injuriando-lhes as folhas.
Vermes destruidores ameaçam-nas, a cada instante.
Enxurrada e sombra constantes constituem-lhes empeço à vida.
Mas se o trato de selva for cultivado contra a invasão de todo elemento estranho e mantido em trabalho, conseguiremos, em breve, o celeiro de pão, seguro e rico.
Também a mediunidade, mesmo quando encravada no psiquismo de alguém que paixões subalternas dominam, produz, de maneira mecânica, quando se lhe entrega determinado gênero de ação; contudo, a tarefa, nesse regime, surgirá em condições anômalas.
Tendências infelizes abafarão decerto a obra recém-nata.
Sentimentos inferiores comparecem, na posição de primitivos senhores da alma, inutilizando-lhe as promessas.
Agentes da discórdia ameaçam-na, a cada instante.
Lodo moral e perseguição gratuita constituem-lhe empeço à vida.
Mas se a personalidade mediúnica for educada contra a invasão de toda sombra de ignorância e mantida em serviço, conseguiremos, em breve, o celeiro de luz, seguro e rico.
Não há desenvolvimento mediúnico, para realizações sólidas, sem o aprimoramento da individualidade mediúnica.
No caso da terra, o lavrador será mordomo vigilante.
No caso da mediunidade, o médium será o zelador incansável de si mesmo.
E médium algum se esqueça de que é na terra boa e abandonada que a praga e a serpente, o espinheiro e a tiririca proliferam mais e melhor.

Emmanuel

Do livro: Seara dos Médiuns
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 07/06/2010)

sábado, 5 de junho de 2010

Professores Diferentes

Entre familiares e amigos, encontras, na Terra, a oficina do teu burilamento.
Com raras exceções, todos apresentam problemas a resolver.
Problemas na emoção e no pensamento.
Problemas na palavra e na ação.
Problemas no lar e no trabalho.
Problemas no caminho e nas relações.
Prossegues, assim, junto deles, como quem respira ao pé de múltiplos instrutores num instituto de ensino.
Muitos reclamam trabalho, lecionando-te paciência, enquanto outros te ferem a sensibilidade, diplomando-te em sacrifício. Há os que te escandalizam incessantemente, adestrando-te em piedade, e aqueles que te golpeiam a alma, com as lâminas invisíveis da ingratidão, para que aprendas a perdoar.
E as lições vão surgindo, à maneira de testes inevitáveis.
Agora, é o esposo que deserta, dobrando-te a carga de obrigações, ou, noutras circunstâncias, é a esposa que se rebela aos compromissos, agoniando-te as horas... Hoje, ainda, são os pais que te contrariam as esperanças, os filhos que te aniquilam os sonhos ou os amigos que se transformam em duros entraves no serviço a fazer.
Nenhum problema, entretanto, aparece ao acaso, e, por isso, é imperioso te armes de amor para a luta íntima.
Fugir da dificuldade é, muitas vezes, a ideia que te nasce como sendo o melhor remédio. Semelhante atitude, porém, seria o mesmo que debandar, menosprezando as exigências da educação...
Seja qual for o ensinamento de que se façam intérpretes, roga à sabedoria divina te inspire a conduta, a fim de que não percas o merecimento da escola a que a vida te conduziu.
Ainda mesmo em lágrimas, lê, sem revolta, no livro do coração, as páginas de dor que te imponham, ofertando-lhes por resposta as equações do amor puro, em forma de tolerância e bondade, auxílio e compreensão.
Recorda que o próprio Cristo, sem débito algum, transitou, cada dia, na Terra, entre esses professores diferentes do espírito. E, solucionando, na base da humildade, os problemas que recebia na atitude e no comportamento de cada um, submeteu-se, a sós, à prova final da suprema renúncia, à qual igualmente te submeterás, um dia, na conquista da própria sublimação – o único meio de te elevares ao clima glorioso dos companheiros já redimidos que te aguardam, vitoriosos, nas eminências da espiritualidade.

Emmanuel

Do livro: Religião dos Espíritos
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: FEB

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 05/06/2010)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Hora Derradeira

O que acontece no momento da morte e como o espírito se desvencilha da sua prisão de carne? Que impressões, que sensações o esperam nesse instante temeroso? É isso que todos temos interesse em conhecer, pois todos faremos essa viagem. A vida pode nos escapar logo amanhã; nenhum de nós escapará da morte.
Ora, o que as religiões e os filósofos nos deixaram todos ignorar, os espíritos vêm, em multidão, nos ensinar. Eles nos dizem que as sensações que precedem e se seguem à morte são infinitamente variadas e dependem sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do espírito que deixa a Terra. A separação é quase sempre lenta, e o desprendimento da alma opera-se gradualmente. Começa, às vezes, muito tempo antes da morte e só se completa quando os últimos laços fluídicos que unem o corpo ao perispírito são rompidos. A impressão sentida é tanto mais penosa e prolongada quanto esses laços são mais tenazes e mais numerosos. A alma, causa permanente da sensação e da vida, experimenta todas as comoções, todas dilacerações do corpo material.
Dolorosa, cheia de angústia para uns, a morte é para outros apenas um sono suave seguido de um despertar agradável. O desprendimento é rápido, a passagem fácil, para aquele que cumpriu seus deveres, desvencilhou-se previamente das coisas desse mundo e aspira aos bens espirituais. Há, ao contrário, luta, agonia prolongada no espírito apegado à Terra, que só conheceu os prazeres materiais e negligenciou preparar-se para a partida.
Em todos os casos, entretanto, a separação da alma e do corpo é seguida de um tempo de perturbação, fugitivo para o espírito justo e bom, que desperta logo para todos os esplendores da vida celeste; bem longo ao ponto de abranger anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. Entre estas, muitas creem viver a vida corporal muito tempo depois da morte. O perispírito não é senão um segundo corpo carnal, aos seus olhos, submetido aos mesmos hábitos, às vezes, às mesmas sensações físicas que durante a vida.

Léon Denis

Do livro: Depois da Morte
Léon Denis – Gráfica e Editora

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 03/06/2010)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Caridade do Esquecimento

Não olvides a caridade do esquecimento de todo mal.
Nela reside a força progressiva do bem.
Dissabores revividos são espinhos bem cultivados.
Diariamente, é possível exercê-la, porque o cipoal dos desgostos de toda sorte nasce também de sementes minúsculas.
A benefício da paz, não te fixes nas pequenas desarmonias que te rodeiam.
Esquece o erro do vizinho.
O mau temperamento do próximo.
A irritação do companheiro.
A ingratidão da parentela.
A intriga sutil.
A palavra maldosa.
A frase contundente.
A resposta impensada dos outros.
A saudação não respondida.
A ilusão dos que te seguem.
A irreflexão de alguns ou de muitos.
A ignorância do associado de luta.
A atitude do irmão, em desacordo com a tua.
A opinião diferente da que adotas.
A cicatriz ou a ferida dos semelhantes.
A infelicidade do companheiro inseguro.
A observação injuriosa que procura ferir-te a dignidade pessoal.
A incompreensão do meio a que serves.
A dificuldade e o obstáculo que se apresentam por abençoadas provas à tua fortaleza moral ou à tua boa vontade.
Lembra-te do auxílio simples do esquecimento da sombra que se interpõe entre o nosso espírito e a realidade.
Abre o coração à luz e adianta-te, olvidando as trevas da jornada.
Quem recebe a dádiva da luta na condição de um tesouro por engrandecer e aperfeiçoar, realmente encontrou para a própria felicidade, o verdadeiro caminho do céu.

Emmanuel

Do livro: Instrumentos do Tempo
Psicografia: Francisco C. Xavier
Editora: GEEM

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(Página de abertura da Reunião Pública do CELD no dia 02/06/2010)